Royalties
Há uma falsa comoção social nos estados produtores de petróleo, estimulada por políticos interesseiros que nada mais querem do que defender única e exclusivamente o seu legado.
Eu, na contramão desse falso apelo social, SEMPRE fui contrário às políticas adotadas com as verbas dos Royalties, pois desde o seu surgimento em grande escala, que podemos chamar de monumental, nada mais adquirimos do que assistencialismo e ?escravidão? por intermédio de contratos temporários de trabalho, para as classes desfavorecidas, e, claro, rios de dinheiro para o mais nobre escalão político empresarial.
Não entendam com isso que eu seja contrário ao repasse dessa verba exclusivamente para os estados produtores e, consequentemente, para os municípios afetados por essa extração, apenas me permito o direito de raciocinar matematicamente e evitar que a ganância esteja acima do meu saber.
Vale lembrar também que presenciei uma época em que não tínhamos essa beneficie e éramos igualmente felizes, se não mais.
O fato é que os Royalties existem em diversas esferas produtivas exploradas atualmente no país, como o minério, por exemplo, e não requer de nenhuma pessoa que ela seja um mestre em matemática ou raciocínio lógico para compreender que se os estados produtores fizessem o jogo forçado e imoral dos demais estados não produtores, que exigem as suas respectivas parcelas dessa exploração, todos compreenderiam com mais facilidade que se somadas TODAS as parcelas pagas por Royalties no Brasil fosse somada e igualmente distribuída entre TODOS os 27 estados e o distrito federal, poderíamos sair muito mais bem sucedido nessa empreitada.
É óbvio que isso requer tempo e processos complexos, o que eu considero ser a raiz do problema, pois os eventos mundiais prestes a serem realizados no país não podem esperar, como se isso fosse uma obrigação única e exclusiva dos estados que constam como sede dos principais eventos.
As preocupações dos políticos que defendem arduamente os Royalties estão sendo forjadas com a falsa moralidade de que sem esse repasse os eventos serão prejudicados e eu falo com total convicção que não. O que eles querem, volto a afirmar, é não perder o alto poder de barganha política com o uso indevido desse dinheiro, visto pela sociedade cada vez mais como sujo, o que eu lamento, pois essa verba é digna e pra lá de merecida, mas o seu uso indevido, que não é segredo para nenhum ser, é um tema de suma importância para ser discutido pela sociedade, que finge não perceber.
Como prova disso podemos fazer referências às falsas paralizações em prol dessa verba que, no Rio de Janeiro, por exemplo, um estado com mais de 18 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE, não se conseguiu reunir mais do que 300 mil pessoas em uma dessas paralizações, lembrando que a maioria dos que se fizeram presente eram indivíduos com contratados temporários nas mais diversas prefeituras do estado, e que tiveram seus translado custeados com o dinheiro público.
Espero que um dia a sociedade compreenda que abrir mão de parte dessa verba não seja tão ruim quanto os falsos moralistas a fazem acreditar, mas desde que passamos a receber a parcela que, em tese, não nos pertence.
Portanto, pensem, reflitam, discutam, mas, acima de tudo, lutem e façam por merecer.
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