Política
Abono ou Abano?!
Essa é a pergunta que me fiz quando recebi a informação de que o Presidente da Câmara Municipal de Cabo Frio, Vereador Silas Bento, e o Prefeito, ?Marquinho? Mendes, anunciaram o abono de R$ 600,00 a dois grupos restritos de servidores municipais, com a curiosa diferença temporal de uma semana.
Silas concedeu o paliativo pagamento para os funcionários da Câmara Municipal, enquanto? Marquinho? O prometeu para os professores, ressaltando que ainda trata-se de uma hipótese.
Obviamente teremos a? Corrente? Que irá elogiar e a que irá criticar, o que eu considero natural por se tratar de um assunto político consideradas as particularidades do município.
Sinceramente, acho que o abono vai ajudar muitas famílias, em especial por estarmos próximos as datas festivas. Afinal, qual chefe de família não gostaria de ofertar aos seus entes queridos uma ceia ou um presente de natal mais digno?!
Particularmente, não sou a favor de medidas paliativas, exceto quando tratamos de assuntos emergenciais relacionados à saúde ou a segurança pública.
É importante frisar que o? Período? Eleitoral já se iniciou (extraoficialmente) e por isso espero que a minha crítica seja vista como coerente e construtiva, já que tem como pretensão acrescentar e não reprimir.
Quando pergunto se essa medida trata-se de um abono ou um abano, é por considerar que ambas as palavras são cabíveis a referente questão, afinal, trata-se de um abono para? Abanar? O ego ferido das respectivas classes beneficiadas.
Se houvesse de fato interesse em fazer algo de bom por essas classes, a proposta seria de um aumento real e não um? Agrado? De fim de ano que somado ao 13º salário aparenta uma falsa e perigosa impressão de conforto, já que estamos tratando de financias e valorização funcional.
O problema é que a Câmara Municipal recebeu recentemente, por intermédio do seu atual presidente, um aumento salarial real de 15% e oferta-los outro em um prazo tão curto causaria um desconforto muito grande para o executivo, que? Nada? Fez/faz de concreto por seus funcionários, concursados ou não.
O aumento dado aos funcionários da Câmara Municipal poderia ser maior e tão digno quanto, mas, infelizmente, o benefício se estendeu aos não concursados, o que eu considero um absurdo por ser nitidamente uma manobra político eleitoreira vergonhosamente permitida por LEI.
Com relação ao aumentado dado aos funcionários do executivo e aos professores públicos, se é que assim posso chamar, eu prefiro me dar o direito ao silêncio por uma questão de educação. Mas com a importante ressalva de que ambas as classes, em sua maioria escravas dos contratos temporários, nada fazem a seu favor, justamente por se permitirem permanecer na condição de escravidão, afinal, além de profissionais todos são cidadãos com o pleno poder de exercer seus direitos.
E assim a sociedade segue conduzindo a cidade, mas não tão vítima quanto se diz. Trata-se de uma questão de conceitos jurídicos e morais.
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