Meu amigo Claudio Leitão respondeu a uma publicação no Blog do professor Chicão. Debatíamos sobre pragmatismo político, uso este espaço para a tréplica:
Meu caro Leitão,
As coisas no PSOL não foram tão azeitadas assim, você está construindo um mundo irreal para justificar, pragmaticamente, uma posição muito beligerante e que após "vazar" para o público em geral, acabou sendo, também pragmaticamente, silenciada pelas correntes internas.
A própria decisão da Heloísa Helena não foi tão dela assim, e foi, sim, uma decisão pragmática, pois levou em consideração chances reais de se ganhar uma posição para o partido no senado.
As discussões internas, muito antes de qualquer votação consensual, versaram sobre as reais possibilidades do partido em ganhar uma cadeira no senado e também disputar as eleições presidenciais, o que não daria para fazer com a Heloísa disputando os dois cargos, obviamente. Então era melhor garantir uma cadeira no senado, e isto é pragmatismo. Como pragmaticamente se discute que você talvez devesse ser candidato à vereador em Cabo Frio.
Ou seja, acreditava-se que para o PSOL aquela era melhor posição, afinal, dentro do pragmatismo político, com Heloísa Helena disputando o senado pelo menos uma cadeira estaria garantida. Ninguém àquela altura poderia imaginar o que aconteceira no senado com a candidatura de Jáder Barbalho no Pará, o fato é que lançando Heloísa Helena ao senado o PSOL, pragmaticamente, garantiria uma cadeira.
E aí veio o pragmatismo sobre o pragmatismo, pois, por outro lado, também não seria bom a Heloísa Helena disputar o senado (e a vitória era dada como certa) e ainda disputar a presidência com uma candidatura por ela apoiada, pois isto geraria uma força muito grande do seu grupo em detrimento de outros gruopos. E neste caso houve um pragmatismo interno que pode ter custado a vaga de Heloísa Helena no senado, afinal a população acompanhou esta queda de braço às vésperas da eleição, e, talvez, se ela tivesse emplacado a sua candidata à presidência pudesse ter conseguido mais força em Alagoas.
Enfim, meu amigo, você está satanizando o pragmatismo político, e isto, ao meu ver, é impensável na política. O que você pode, e deve fazer, é tentar sempre as alianças que possam levar para a lugar melhor esta legião de necessitados. E, claro, reconhecer oa erros quando eles surgrem.
Como eu reconheço o erro do apoio a Marquinho Mendes, mas, para seu conhecimento, quando achei que Marquinho era o melhor candidato o fiz por acreditar que as mazelas do seu governo seriam pela dificuldade de governar com o grupo do Alair Correa, afinal era isto que ele apregoava aos quatro cantos. E eu, naquele momento, achei que a ruptura deste modelo representaria uma mudança salutar para cabo Frio, afinal apontava para o fim de um ciclo que me parecia obsoleto.
Lembro-me que cheguei a falar com o Jânio, que na ápoca não tinha as posições que tem hoje, e pedi a ele que apoiasse Marquinho em sua decisão, afinal se nós nos afastássemos desta decisão poderíamos empurrá-lo para o pior lado. Jânio naquela altura me disse que não confiava em Marquinhos Mendes, e que tudo aquilo era mentira, que não havia nem briga. Eu insisti que era preciso acredtaar, e que se o aopiássemos poderíamos mostrar um outro caminho.
Errei, era uma mentira, mas costumo dizer a quem me abroda sobre este erro, e já disse isso ao Alair, que se eu errei em acreditar nele, levei apenas alguns meses para perceber a verdade, enquanto o grupo do Alair e o próprio Alair levaram doze anos acreditando nele.
É isto meu amigo, as coisas seguem no seu rumo e você, como disse acima, também está discutindo pragmaticamente com o partido e com seus apoiadores qual seria a melhor candidatura para você neste momento. A minha modesta opinião é que é muito melhor tê-lo como vereador do que apenas como candidato a prefeito, pois precisamos construir pontes antes de atravessar os rios de grandes correntezas.
Um abraço
Marcelo.
As coisas no PSOL não foram tão azeitadas assim, você está construindo um mundo irreal para justificar, pragmaticamente, uma posição muito beligerante e que após "vazar" para o público em geral, acabou sendo, também pragmaticamente, silenciada pelas correntes internas.
A própria decisão da Heloísa Helena não foi tão dela assim, e foi, sim, uma decisão pragmática, pois levou em consideração chances reais de se ganhar uma posição para o partido no senado.
As discussões internas, muito antes de qualquer votação consensual, versaram sobre as reais possibilidades do partido em ganhar uma cadeira no senado e também disputar as eleições presidenciais, o que não daria para fazer com a Heloísa disputando os dois cargos, obviamente. Então era melhor garantir uma cadeira no senado, e isto é pragmatismo. Como pragmaticamente se discute que você talvez devesse ser candidato à vereador em Cabo Frio.
Ou seja, acreditava-se que para o PSOL aquela era melhor posição, afinal, dentro do pragmatismo político, com Heloísa Helena disputando o senado pelo menos uma cadeira estaria garantida. Ninguém àquela altura poderia imaginar o que aconteceira no senado com a candidatura de Jáder Barbalho no Pará, o fato é que lançando Heloísa Helena ao senado o PSOL, pragmaticamente, garantiria uma cadeira.
E aí veio o pragmatismo sobre o pragmatismo, pois, por outro lado, também não seria bom a Heloísa Helena disputar o senado (e a vitória era dada como certa) e ainda disputar a presidência com uma candidatura por ela apoiada, pois isto geraria uma força muito grande do seu grupo em detrimento de outros gruopos. E neste caso houve um pragmatismo interno que pode ter custado a vaga de Heloísa Helena no senado, afinal a população acompanhou esta queda de braço às vésperas da eleição, e, talvez, se ela tivesse emplacado a sua candidata à presidência pudesse ter conseguido mais força em Alagoas.
Enfim, meu amigo, você está satanizando o pragmatismo político, e isto, ao meu ver, é impensável na política. O que você pode, e deve fazer, é tentar sempre as alianças que possam levar para a lugar melhor esta legião de necessitados. E, claro, reconhecer oa erros quando eles surgrem.
Como eu reconheço o erro do apoio a Marquinho Mendes, mas, para seu conhecimento, quando achei que Marquinho era o melhor candidato o fiz por acreditar que as mazelas do seu governo seriam pela dificuldade de governar com o grupo do Alair Correa, afinal era isto que ele apregoava aos quatro cantos. E eu, naquele momento, achei que a ruptura deste modelo representaria uma mudança salutar para cabo Frio, afinal apontava para o fim de um ciclo que me parecia obsoleto.
Lembro-me que cheguei a falar com o Jânio, que na ápoca não tinha as posições que tem hoje, e pedi a ele que apoiasse Marquinho em sua decisão, afinal se nós nos afastássemos desta decisão poderíamos empurrá-lo para o pior lado. Jânio naquela altura me disse que não confiava em Marquinhos Mendes, e que tudo aquilo era mentira, que não havia nem briga. Eu insisti que era preciso acredtaar, e que se o aopiássemos poderíamos mostrar um outro caminho.
Errei, era uma mentira, mas costumo dizer a quem me abroda sobre este erro, e já disse isso ao Alair, que se eu errei em acreditar nele, levei apenas alguns meses para perceber a verdade, enquanto o grupo do Alair e o próprio Alair levaram doze anos acreditando nele.
É isto meu amigo, as coisas seguem no seu rumo e você, como disse acima, também está discutindo pragmaticamente com o partido e com seus apoiadores qual seria a melhor candidatura para você neste momento. A minha modesta opinião é que é muito melhor tê-lo como vereador do que apenas como candidato a prefeito, pois precisamos construir pontes antes de atravessar os rios de grandes correntezas.
Um abraço
Marcelo.
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