ROYALTIES, ROYALTIES & ROYALTIES
Amigos leitores diante de tantas
ações, comentários e criticas com relação a divisão dos recursos dos royalties,
resolvi também entrar nessa linha e manifestar a minha opinião, porem não só
falando dos recursos financeiros ou do lucro, mas sim tentando trazer o por que
eu acredito que os ROYALTIES não devam ser divididos com quem não tem a minha participação
na coisa, senão vejamos:
Muito se tem falado sobre a
redivisão dos ROYALTIES de áreas petrolíferas, que levariam à perda de recursos
pelos estados produtores. Mas o que muitos não querem dividir nem mencionar em
suas pautas, são os danos causados quando da obtenção do tal ouro negro.
Mas o que são, os já cantados em
verso e prosa Royalties se não uma espécie de compensação financeira devida
pelos que receberam a concessão para exploração e produção de petróleo e vários
derivados.
Os royalties são uma espécie taxa
paga aos municípios pelas empresas petrolíferas para compensar o uso da terra
ou mar territorial visando compensar os danos ambientais oriundos da exploração
petróleo.
O conceito de royalties vem desde
o início da exploração de petróleo na Arábia Saudita. Para quem não sabe este
país árabe possui petróleo quase que ao nível do solo, em grandes quantidades a
famosa exploração Onshore(em terra).
A utilização do petróleo traz
grandes riscos para o meio ambiente desde o processo de extração, transporte,
refino, até o consumo, ocupação desordenada, desmatamento para construção de
empresas de segundas e terceira geração, produção de gases etc etc etc. Quem
nunca viu em um tele jornal um problema com vazamento de óleo no mar, e a
repercussão que isso traz?
Pois é imaginem, nós estamos
próximos de todos esses problemas riscos dentre outras tantas coisas, seria
mesmo justo a divisão desses recursos (R$), com estados quem alem de não
fazerem qualquer prospecção de petróleo, ainda por cima estão a Quilometros e
Quilometros de distancia dos riscos diretos, e muito mais longe ainda dos
impacto a longo prazo.
Pois é como dizem que recordar é
viver, no Brasil, ocorreram graves acidentes em oleodutos da Petrobras, destaco
o ocorrido no ano de 2000, causando grandes vazamentos na Baía da Guanabara, ou
quem sabe o vazamento de petróleo no Campo de Frade, explorado pela Chevron
2011.
Podemos citar uma catástrofe
ambiental que aconteceu com o petroleiro Exxon-Valdez em 1989, quando o
vazamento destruiu parte da fauna da costa do Alasca.
Caro leitor, mencionei esses
fatos para que nós tenhamos a ideia exata do que significa compensar de alguma
forma por danos do presente e do futuro, sim por que a sociedade precisa ficar
alerta pois esses recursos são finitos.
Amigos é mais que preciso manter
os recursos dos royalties para os municípios e estados produtores, porque alem
de serem fundamentais para o desenvolvimento das regiões, que como já vimos
alem de sofrerem vários riscos com relação exploração do petróleo, foram pegas
de surpresa com algo que classifico de mudança de regras no meio do jogo, em
suma uma total falta de respeito.
Por outro lado a manutenção da
política original, ou seja, a não divisão dos Royalties nos remete para uma
linha de raciocínio lógico, a mesma aponta para
real necessidade dos municípios produtores de petróleo terem um plano
“B”, saírem dessa espécie de zona de conforto e fomentarem suas economias
visando fugirem um pouco dessa espécie de dependência, ate por que mais uma vez
afirmo o petróleo é um bem finito(acabará um dia).
Charles Domingues é Gestor Ambiental e Químico. Não deixe
de acompanhar o meu blog www.charlesdomingues.blogspot.com
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